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TEATRO

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"Terceira Idade", Uma Comédia de Guerra


dia 18 de Outubro pelas 21h30/ ano 2013

Teatro Aveirense


Teatro Praga

É só uma peça. De teatro. É literatura. O ponto de partida é: o texto não é ponto de partida. O texto é o texto. Aliás, uma comédia. E teatro é o teatro.

Vamos ser mais

consequentes, arriscar a combinação e não prever a relação de causalidade em que uma coisa segue a outra ou se justifica na outra ou suporta a outra. O espetáculo é o que for e não uma leitura de um texto. O texto é o que for e não se concretiza no espetáculo.

Este espetáculo é uma terceira tentativa. Depois de O Avarento ou A última festa e de Padam Padam, voltamos a um texto escrito por J.M. Vieira Mendes. Desta vez sem qualquer espetáculo.
Esta comédia já escrita começa por responder às comédias tradicionais em que as portas se usam com fartura: entra-se e sai-se em alturas erradas, vê-se o que não se devia... Entretanto perderam-se as casas. Ou abriram-se. Nos espetáculos do Teatro Praga não há paredes de cena ou portas construídas, janelas, essas coisas. E por isso a comédia de portas pode saltar para a comédia de identidades: um ator que é tanta gente e que entra e sai dos nomes como quem entra e sai por portas. Em “Terceira Idade” os atores antes de começarem já se reformaram. Relembram os tempos das batalhas, roubando memórias aos filmes de guerras em selvas vietnamitas e cidades em estado de sítio, e protestam por uma reforma condigna. Gente com passado, que apresenta rugas onde não as vemos. O horizonte mais próximo é a morte, mas a melancolia é comédia e o desespero gargalhada.
A isto juntou-se parte do argumento de uma peça antiga de Marivaux, “Os atores de boa fé” (1757): Uma companhia de teatro é contratada para representar uma comédia a fim de celebrar um casamento, mas a dona da casa (a mãe da noiva), por razões de moral, não autoriza. Quem os contratou promete que não só haverá comédia como será a dona da casa protagonista do espetáculo sem o saber. A trama serve pois de pretexto para adensar o “Quem sou eu?”, numa espiral de matrioskas propensa a lutas pela personagem, pela pessoa, pelo sujeito e por todas essas identidades presentes na vida.
Para enfrentar o texto decidimos jogar com a inversão de um tradicional programa infantil. Ou seja, o episódio tradicional conta com uma senhora mais velha, rodeada de crianças, que ensina a brincar e desenhar e divertir. As crianças aprendem (e uma câmara filma e a televisão transmite). E a nossa inversão conta com uma criança, um boneco, uma marioneta com o queixo marcado e uns olhos de vidro, rodeada de gente na terceira idade. E a criança, a marioneta, é que manda.
Para quê a mentira, se podemos ter a verdade? Para quê o real, se podemos ter a ficção? Para quê pedir à criança para dizer, quando podemos dizer com a marioneta na mão? É tudo o mesmo, e a marioneta não berra nem se queixa.

Ficha Artística / Técnica
texto: José Maria Vieira Mendes
criação: Pedro Penim, André E. Teodósio e José Maria Vieira Mendes
interpretação: Pedro Penim, Diogo Lopes, Diogo Bento, Cláudia Jardim, Patrícia da Silva e um intérprete a definir
luz: Daniel Worm d’Assumpção
cenografia: Bárbara Falcão Fernandes
produção: Teatro Praga / Elisabete Fragoso

Sala Principal
Duração: 80 minutos
Público alvo: maiores de 12

Preço único €5
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